quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ciganagem



Hoje venho falar de um preconceito que creio ser geral e assumido na sociedade Portuguesa. Falo do ódio que os Portugueses têm a estas pessoas que vivem de acampamentos, roulotes e barracas. Há como que um sinal que lhes diz “esta gente é perigosa e não os quero aqui” (sim, porque eles vêm sempre morar para ao pé de nós… e não pagam renda. )

Eles têm um sotaque, eles têm um olhar, eles têm uma forma de andar, uma forma de vestir e uma forma de viver. Basta que nos passe um e sabemos “este é cigano”. Esse rótulo é tão forte que nascem imensas expressões maldosas com essa palavra. “vai com os ciganos”

Enfim, um ódio muitas vezes sem razões. Apenas por relatos distantes e hiperbolizados, mas claro nunca fiando. “Pretos e ciganos longe daqui!”

Há e comprem sempre os pensos que eles vedem (não vamos querer uma maldição cigana), mas não os usem…

Já foram assaltados/atiçados/seduzidos/aldrabados/violados/estrupados/enganados por algum cigano?
 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Uma questão de cor

Continuando o raciocínio do Tony no post de ontem, vou continuar a falar de pretos e brancos.
Há pessoas que, não sabendo o que chamar às pessoas de origem africana, preferem dizer "pessoa de cor". Ora bem. De cor? Então somos o quê? Transparentes?
Eles têm cor e nós não.

Trago-vos um poema africano (ou de cor) que diz tudo!

"Meu irmão branco...
Quando eu nasci, eu era negro.
Quando eu cresci eu era negro.
Quando eu vou ao sol, eu sou negro.
Quando eu estou com medo, eu sou negro.
Quando eu morrer, eu serei negro.

E você Homem Branco...
Quando você nasceu, era rosa.
Quando você cresceu, era branco.
Quando você vai ao sol, fica vermelho.
Quando você fica com frio, fica roxo.
Quando você fica com medo, fica amarelo.
Quando fica doente, fica verde.
Quando você morrer, ficará cinza.

Depois de tudo isso Homem Branco, você ainda tem a coragem de me chamar de Homem de Cor?"

Chamem-me de branca, eu chamo-vos de pretos. Não sou racista, somos todos seres humanos, apenas com "roupas" diferentes.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vamos falar de preto no branco

Referindo-me ao post da Sara de ontem, aquilo não seria preconceito, mas antes crime (pelo menos em Portugal). Porque ninguém pode ser descriminado por opção sexual.


Hoje vou falar de um tema que muitas vezes é tabu, mas teimamos em não chamar tabu. Quantos de nós não sendo racistas, têm pensamentos estranhos a quando de uma pessoa de cor negra? Pensamentos como: “ Cumprimento-o em primeiro ou em último?” “Devo dizer preto ou negro?” “Será racismo se o olhar nos olhos?” Confesso que sofro um pouco destes complexos, mas como já os tenho com as pessoas “brancas” pouca diferença faz.

Quantos amigos pretos (continuo sem saber se isto ofende alguém ou não, mas não me incomodando ser chamado de “Branco”, tratarei as pessoas mais escuras de “pretas” não tendo qualquer sentido pejorativo. E sim, sei que este parêntesis é uma atitude discriminatória e provavelmente racistas. Peço desculpa aos pretos que leiam isto.) tens tu? Vejo um pouco isto como ter amigos gays. “Ah, eu tenho um amigo gay, já não sou um gay-hater”. Felizmente nasci no meio “deles” e nunca senti muitas diferenças. Mas mudei-me para Portugal e aí sim, só muitos anos depois tive o meu primeiro amigo preto, senti-me feliz. Finalmente a sociedade não me podia chamar racista. Mas é de facto uma atitude racista.

E vocês? Desviam-se quando vêem um preto? (se forem pretos, substituam o substantivo “preto” por “branco”)

O fórmula desastrosa não se considera um blogue racista. Quando toca a odiar, odiamos todos.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

100 título

Hoje é um post sério, só para deixar o pensamento no ar.

Nos EUA (a capital do preconceito), há a grande tradição dos bailes de fim do secundário, os "Proms".
Aquele momento é especial para todos os jovens do país. Onde os rapazes podem comer a namorada de meia dúzia de meses ou anos, onde algumas raparigas se podem produzir ao gosto dos americanos: quase a tocar no reles.
Mas, quando alguém que simplesmente tem um gosto diferente, é logo posta de parte e proibida de poder viver aquela altura especial da sua vida.
Quando falo em gosto diferente, é o gosto por alguém do mesmo sexo. Não sei se ouviram ou leram estas notícias, mas houve o caso de duas raparigas de estados diferentes mas com o mesmo problema. Ambas homossexuais e com namoradas que queriam levar o seu par ao baile, como outro casal qualquer. Mas, como eu disse, no reino dos preconceitos, as duas miúdas foram proibidas de sequer entrar no pavilhões onde os seus respectivos bailes iriam decorrer.
Acho isto de uma hipocrisia brutal e de uma ignorância em estado puro. Deixa-me frustrada e triste com este mundo.

É só isto que tenho a dizer.

domingo, 3 de outubro de 2010

Eu preconcebo, tu preconceitas


Boa noite. Mais um fim de domingo, mais um tema. Esta semana de praxes foi para esquecer. A verdade é que não pagamos o salário de Maio aos nossos argumentistas e foi a Sara a escrever tudo enquanto eu Praxava todas as minhas caloiras.


Começo por afirmar que tenho um preconceito contra pessoas preconceituosas. O tema desta semana vai ser sobre o hábito geral de generalizar situações em generalidades não gerais. Sim eu sou estúpido. Sim isto é um preconceito, porque me chamaram estúpido por uma frase que eu disse e que não define a pessoa que sou. Estúpidos são vocês.


Tema sugerido por Bruno Custódio.