sábado, 2 de outubro de 2010

Dura praxis, sed praxis.


Aos seguidores deste blogue que lêem apenas os meus textos, peço desculpa. Ora boa noite.


Dura praxis, sed Parxis. A praxe é dura, mas é praxe. A praxe académica resume-se a um ritual iniciático cheio de tradições e costumes. O seu principal objectivo é o de receber e integrar os novos caloiros, que a seu tempo se tornarão “doutores”. Ser doutor envolve muita responsabilidade. Infelizmente há seres que acham que ser doutor é um simples posto de autoridade.

A praxe do caloiro (de Coimbra) resume-se em poucas situações. A recepção, o baptismo da latada, a serenata (onde traça a capa e se torna pastrano) e o cortejo da queima das fitas. Como foi o meu caso, o caloiro chega sem a mínima consciência do que é a vida académica. O papel dos doutores é ajudar-nos a viver neste novo ambiente de forma autónoma. Há partes mais humilhantes como cantar musica pimba, mas isso ajudou-me a soltare tornar-me mais extrovertido. Perdi um pouco de vergonha e meti conversa com caloiros.

Claro que a praxe nem sempre é integração. Existem casos de pessoas perversas que usam a praxe como protecção para satisfazerem as suas frustrações. Espero que as praxes dos passados (essas sim duras) e as violências e perversões sejam agora erradicadas visto que a lei actual pune quem comete crimes de praxe.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tradições

Olá a todos. Hoje não vou falar de praxes em si, mas vou falar de algo que sem "ele" não haveriam as praxes - o traje académico.

Posso afirmar, devido ao traje da minha faculdade, que há um grande debate em relação a tradições. Há um grupo de pessoas que afirma que o único traje que poderia ser declarado traje nacional é aquele que mais se vê. O chamado Coimbrão, pois é de lá a sua origem, já há uns bons anos. Essas pessoas não admitem que o facto de outras faculdades quererem criar um traje que seja simbólico à Universidade a que pertencem. Para eles a tradição não pode evoluir. Os trajes devem manter-se iguais para todo o lado e para todo o sempre.

Falo por mim quando discordo completamente com esse pensamento. Acho que cada instituição tem a sua história e a sua tradição e se pensam que devem usar um traje diferente (mas com uma razão histórica e simbólica), têm o direito a fazê-lo, sem serem gozados ou desrespeitados pelos "fãs" do chamado traje nacional.

Por isso, hoje, vou mostrar-vos alguns dos trajes existentes em várias universidades portuguesas.

Traje nacional:

Aveiro:

Viseu:

Braga:

Bragança:

Covilhã:

Leiria:

Santarém:

IADE (Lisboa) a minha faculdade:


(Este traje não tem muitas fotos disponíveis na net, tive de por fotos tiradas do facebook de alguns colegas meus.)

Setúbal:
(Só encontrei o feminino. Mas penso que o masculino é igual ao traje nacional.)


Algarve:
(À esquerda: traje masculino de Loulé; à direita: traje feminino de Faro.)

Bom, meus amigos, não consegui encontrar muito mais, mas acredito que ainda haja mais alguns diferentes.
Desrespeito à tradição ou imagem pessoal de cada universidade?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Amadeu

Na semelhança do post de ontem da Sara. Hoje venho apresentar-vos um dos míticos personagens da praxe esequina (ESEC). Esta figura poderia ser encontrada em qualquer praxe do país. É um hino irónico a falta de sensibilidade por parte dos doutores e a pieguise de todos os caloiros.


Apresento-vos o Amadeu.


O Amadeu foi o caloiro que não sobreviveu a praxe. Os doutores foram tão rígidos que eu faleceu a ser praxado. Eagora é um aviso a todos os caloiros que entrem na escola. Foi tão trágico que até se criou uma canção. Eis o refrão:

“Ai óh doutor,

Ai não me praxe.

Seja calminho

que eu sou um gajo porreiro,

ai óh doutor, ai não me praxe.

Está caladinho, se não levas um biqueiro”

Deixo-vos o vídeo.

http://il.youtube.com/watch?v=1YrR2IL9n8k&feature=related


Para todos os caloiros que leiam o nosso blogue: ESTÃO FODIDOS!!! Os doutores apenas têm de ser severos para vois ensinar a saberem ser humildes e autónomos. Se fgorem severos por outros motivos, não se deixem praxar.

Apesar da foto ser muito parecida, esse não é o Amadeu. O amadeu tem direito a capa nos ombros.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ri-me, fodi-me

Olá a todos, menos aos caloiros. A esses só tenho uma coisa a dizer: GRANADA. (Agora gostava que todos vós se atirassem para o chão, frente ao computador!)

Hoje o post vai ser fraquinho, mas é o que dá.
Não estou aqui para mudar as opiniões de ninguém nem criar um debate aceso. Vou apenas demonstrar que as praxes não são todas como a comunicação social mostra. Nem tudo anda à base de humilhação sexual ou algo do género. Mas isto é apenas o que conheço. Vou dar exemplos do que se passa na minha universidade, mais propriamente das "personagens" criadas para alguns caloiros - a minha parte preferida das praxes.

(As fotos apresentadas são das Praxes de 2009 e de 2010.)

Este é o Cucu. A sua tarefa é a de gritar as horas quando alguém chama por ele. O relógio que está ao pescoço não tem pilhas, logo, terá de consultar um relógio ou telemóvel e depois acertar o que está ao pescoço.

Este é o Isqueirinho. Qualquer pessoa que queira fumar (Veterano ou Caloiro) dirige-se até ele para acender o cigarro.

Este é o Armando Comando: o soldado que protege os Veteranos e Caloiros de tudo e de todos.

Este é o Vitinho. Quem se lembra?


Os siameses.

A Lady Gaga.


Haviam mais, mas não encontrei.

(E o IADE é lindo!)






segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Lata amarela


Uma das praxes mais estúpidas de sempre é a “lata amarela”. Os caloiros são postos em filas e dão as mãos uns aos outros por baixo das pernas. Enquanto caminham e cantam: “Lata amarela, tchi, tchi, uha! Que linda lata amarela, tchi, tchi Uha! Lata amarela, mas que linda lata amarela.” No tchi, tchi os caloiros abanam o rabinho. No Uha, imitam um sacudidela do acto sexual. E é assim que os jovens Doutores se divertem.


Ora bem, o que é a lata amarela?

domingo, 26 de setembro de 2010

Granada!

Como é tradição, hoje é dia de mudanças aqui pelo Fórmula.
Foi uma semana em que, falando por mim, diverti-me imenso a escrever sobre a morte. Não, não sou nenhuma pessoa estranha que sente prazer com a morte ou coisa do género, mas gosto de abordar este tema com humor. Falamos de mortes bizarras, mortes mediáticas e até ensinamos as melhores formas de fingir a própria morte.
Mas agora, passada uma semana, é altura de mudar. Mudar para um tema que pode atormentar uns, irritar outros e capaz de ser tema de debate durante décadas - Praxes.
Pois é. Aquela altura na vida académica de alguém que por vezes é usada como forma de integração para os mais novos, ou para os simplesmente humilhar. Não tencionamos praxar novos leitores do blog, por isso não se preocupem.

Prometemos que mostraremos os nossos conhecimentos nesta área, visto que tanto eu como o Tony fomos praxados no ano passado, ele esta semana andou a praxar os seus caloiros e eu, devido a vários factores, não vou poder praxar este ano mas estarei presente nas da minha faculdade (que serão esta semana!).

Isto promete!