quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Uma questão de cor

Continuando o raciocínio do Tony no post de ontem, vou continuar a falar de pretos e brancos.
Há pessoas que, não sabendo o que chamar às pessoas de origem africana, preferem dizer "pessoa de cor". Ora bem. De cor? Então somos o quê? Transparentes?
Eles têm cor e nós não.

Trago-vos um poema africano (ou de cor) que diz tudo!

"Meu irmão branco...
Quando eu nasci, eu era negro.
Quando eu cresci eu era negro.
Quando eu vou ao sol, eu sou negro.
Quando eu estou com medo, eu sou negro.
Quando eu morrer, eu serei negro.

E você Homem Branco...
Quando você nasceu, era rosa.
Quando você cresceu, era branco.
Quando você vai ao sol, fica vermelho.
Quando você fica com frio, fica roxo.
Quando você fica com medo, fica amarelo.
Quando fica doente, fica verde.
Quando você morrer, ficará cinza.

Depois de tudo isso Homem Branco, você ainda tem a coragem de me chamar de Homem de Cor?"

Chamem-me de branca, eu chamo-vos de pretos. Não sou racista, somos todos seres humanos, apenas com "roupas" diferentes.

1 comentário:

  1. Muito bom o poema, e lembrei-me agora de outro também ele muito bom, que estudei no 10º ano a português.
    "Lágrima de preta", não me lembro do autor, mas é dos poemas que mais gostei de estudar..

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