Convidado: Guilherme Lobo
Ora bom dia,
boa tarde ou boa noite, ou seja lá em que fusos horários é que estão inseridos.
Ou o universo implodiu sem ninguém ter reparado, ou os autores deste blog
decidiram propositadamente descer o nível de qualidade deste sítio, claramente
evidenciado pela minha presença a escrever hoje. Mesmo assim, prometo deixar de
lado piadas politicas, e/ou eventuais referências sexuais, ok? Ok.
Seguindo os
posts anteriores, estou aqui para falar de um evento televisivo que a população
geral tende a assistir só mesmo porque existe assim uma noção geral que se não
o vermos, somos imediatamente postos de lado e só não somos apedrejados porque
agora é crime e já há alguns anos que deixou de ser fixe. Um vento televisivo que
todos vêm, mas ninguém percebe puto.
Sim, estou a
falar do Jornal das 8.
Ah, é dos
Jogos Olímpicos? Desculpem. Mas também serve.
O período de
27 de Julho a 12 de Agosto pôs todos os portugueses de olhos nos Jogos
Olímpicos de Verão (Ninguém quer saber dos de Inverno, pá, por razões óbvias
mais à frente) em vez de verem os Ídolos ou seja lá o que é fixe ver agora, o
que só por si mostra a relação monogâmica que este pais tem com eventos
mediáticos.
Como todos sabem
os Jogos Olímpicos começaram, e continuam a ser uma demonstração de força,
resistência, capacidades únicas e inatas de pessoas que claramente nasceram
para serem únicas naquilo em que participam, que estão para além daquilo que
consideramos um ser humano. É uma oportunidade para um país mostrar o que tem
para oferecer no campo dos feitos físicos e mentais, e uma igual oportunidade
para os atletas, que só por si já é um feito serem atletas Olímpicos, poderem
representar o seu adorado país e trazerem para casa o ouro. Todos nós vemos os
Jogos pela admiração do que o corpo humano é capaz.
Mas claro, não
nos esqueçamos dos feitos masculinos, esses também são importantes. Homens que
estão lá para demonstrarem postura e um nível de concentração física e
disciplina mental acima da média. Estes são homens para serem sempre levados a
sério.
Ok, eu admito, nunca fui um avido
seguidor dos Jogos Olímpicos pelo simples facto de não saber como raio é que é
suposto, de facto, seguir os Jogos Olímpicos. Um minuto estou a ver um atleta
no salto com vara, sempre com um desejo escondido que o homem leve com a vara
nos tintins como naquele vídeo no Youtube que toda a gente já viu, e no minuto
a seguir estou a ver os 100 metros masculinos sem nenhum tipo de seguimento
racional aparente.
Começo a pensar que por detrás da
cobertura televisiva dos Jogos, está um homem sentado numa secretária com
botões para todas as modalidades a serem apresentadas, enquanto se ri do facto
de que ele é que decide o que é que os espectadores assistem a seguir, a la ditador maquiavélico. E deve estar
claramente bêbado porque eu não sei porque é que depois de 10 minutos de Volley
feminino, tenho que levar com meia hora de Lançamento de Peso (ou lá como se
chama) masculino.
Ah, e não nos esqueçamos dos
tugas, que, vá, a prestação não foi brilhante, mas lá conseguimos uma medalha nos
Remos. Tecnicamente são duas, porque eles são dois. Não quero saber, conta como
duas, porra!
Foi pena a Telma Monteiro, que
era a derradeira esperança de Portugal poder provar que valeu a pena o dinheiro
gasto a levar a Comité a Londres, ter acabado por desiludir. Deve ter sido uma
derrota bastante amarga.
Mais amargo ainda deve-se ter
sentido o João Pina, também judoca, que ia entrar a seguir à Telma. Deve ser um
bocado chato o nosso combate ainda não ter acontecido e já estão todos a fazer
a mala para casa.
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