sábado, 25 de agosto de 2012

Jogos Olímpicos Fixes

Convidado: Guilherme Lobo

Ora bom dia, boa tarde ou boa noite, ou seja lá em que fusos horários é que estão inseridos. Ou o universo implodiu sem ninguém ter reparado, ou os autores deste blog decidiram propositadamente descer o nível de qualidade deste sítio, claramente evidenciado pela minha presença a escrever hoje. Mesmo assim, prometo deixar de lado piadas politicas, e/ou eventuais referências sexuais, ok? Ok.

Seguindo os posts anteriores, estou aqui para falar de um evento televisivo que a população geral tende a assistir só mesmo porque existe assim uma noção geral que se não o vermos, somos imediatamente postos de lado e só não somos apedrejados porque agora é crime e já há alguns anos que deixou de ser fixe. Um vento televisivo que todos vêm, mas ninguém percebe puto.
Sim, estou a falar do Jornal das 8.
Ah, é dos Jogos Olímpicos? Desculpem. Mas também serve.

O período de 27 de Julho a 12 de Agosto pôs todos os portugueses de olhos nos Jogos Olímpicos de Verão (Ninguém quer saber dos de Inverno, pá, por razões óbvias mais à frente) em vez de verem os Ídolos ou seja lá o que é fixe ver agora, o que só por si mostra a relação monogâmica que este pais tem com eventos mediáticos.
Como todos sabem os Jogos Olímpicos começaram, e continuam a ser uma demonstração de força, resistência, capacidades únicas e inatas de pessoas que claramente nasceram para serem únicas naquilo em que participam, que estão para além daquilo que consideramos um ser humano. É uma oportunidade para um país mostrar o que tem para oferecer no campo dos feitos físicos e mentais, e uma igual oportunidade para os atletas, que só por si já é um feito serem atletas Olímpicos, poderem representar o seu adorado país e trazerem para casa o ouro. Todos nós vemos os Jogos pela admiração do que o corpo humano é capaz.
 


Mas claro, não nos esqueçamos dos feitos masculinos, esses também são importantes. Homens que estão lá para demonstrarem postura e um nível de concentração física e disciplina mental acima da média. Estes são homens para serem sempre levados a sério.

 

Ok, eu admito, nunca fui um avido seguidor dos Jogos Olímpicos pelo simples facto de não saber como raio é que é suposto, de facto, seguir os Jogos Olímpicos. Um minuto estou a ver um atleta no salto com vara, sempre com um desejo escondido que o homem leve com a vara nos tintins como naquele vídeo no Youtube que toda a gente já viu, e no minuto a seguir estou a ver os 100 metros masculinos sem nenhum tipo de seguimento racional aparente.
Começo a pensar que por detrás da cobertura televisiva dos Jogos, está um homem sentado numa secretária com botões para todas as modalidades a serem apresentadas, enquanto se ri do facto de que ele é que decide o que é que os espectadores assistem a seguir, a la ditador maquiavélico. E deve estar claramente bêbado porque eu não sei porque é que depois de 10 minutos de Volley feminino, tenho que levar com meia hora de Lançamento de Peso (ou lá como se chama) masculino.

Ah, e não nos esqueçamos dos tugas, que, vá, a prestação não foi brilhante, mas lá conseguimos uma medalha nos Remos. Tecnicamente são duas, porque eles são dois. Não quero saber, conta como duas, porra!
Foi pena a Telma Monteiro, que era a derradeira esperança de Portugal poder provar que valeu a pena o dinheiro gasto a levar a Comité a Londres, ter acabado por desiludir. Deve ter sido uma derrota bastante amarga.
Mais amargo ainda deve-se ter sentido o João Pina, também judoca, que ia entrar a seguir à Telma. Deve ser um bocado chato o nosso combate ainda não ter acontecido e já estão todos a fazer a mala para casa. 

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