sexta-feira, 14 de setembro de 2012

É o funaná, funaná da bicharada...



Após não ter postado na semana passada porque, fazendo jus ao tema Futuro, estive a fazer pelo meu, esta semana estou de volta. Portanto, e desde já, ficam as minhas desculpas pela interrupção da emissão.


Os animais têm sido incorporados nas mais diversas situações pelos humanos. Quer seja para demonstrar grandeza, nobreza, porte e elegância, têm sido utilizados em bandeiras de vários países, emblemas, brasões.

Além do mais, várias criaturas fantásticas e mitológicas incorporam diversos elementos animais. Basta, por exemplo, pensar no Minotauro ou no Grifo. Segundo a lenda, o continente Europeu deve a sua origem ao facto de Zeus, após ter assumido a forma de um belo touro branco, ter sequestrado uma bela princesa.

Também de origem tradicional e depois literária, existem os casos de pessoas que se transformam em animais. Basta pensar, por exemplo, no lobisomem. Mesmo na saga de Harry Potter, esta temática é explorada.

Esta relação e apropriação das características animais deve-se muito ao facto de vivermos intimamente relacionados com os mesmos. Aprendemos com eles, incorporando na nossa vida pormenores da sua anatomia (o voo do colibri e o helicóptero, as suas manobras de caça, as suas atitudes comportamentais e relações em grupo, entre outros.

Por outro lado, também usamos os animais numa vertente depreciativa. E é disso que vos vou falar neste post.

Vacas/cabras: as gajas mais badalhocas e traiçoeiras que possam conhecer. Aquelas que passam a perna e ainda se fazem de vítimas no final. Indefesas e coitadinhas. Reservatórios humanos de DST’s. O Caco Antibes tem horror a pobre, eu tenho horror a esta espécie. Na verdade, é um insulto aos animais serem comparados a elas.

Preguiça: o animal de estimação que vive, por vezes, em simbiose com muita gente. O lema? Devagar, devagarinho, parado.  

Frango: o guarda-redes do clube do coração / selecção/ equipa que queríamos que ganhasse quando faz asneira. Nome próprio do Moretto, para mim (sério, aquela Champions em 2006… WHY GOD, WHY?)



Coelho: provavelmente, o animal mais odiado em Portugal neste momento. Roedor, a tanga que existia antes já se for. Está tudo ao léu, com as vergonhas expostas.

Cavalo: Temos várias espécies. Temos a Sarah Jessica Parker (piada óbvia, eu sei), os cavalos de corrida (os chicos espertos que se armam em garganeiros) e o cavalo no qual se dá.

Porco/a: o javardolas, o traidor, a gaja badalhoca que se enrola com todos. O gajo que venceu a competição de peidos entre o seu círculo de amigos.

Galinhas: barulhentas, entram em pânico e fazem uma grande algazarra por tudo e por nada. As histéricas desta vida, na verdade. 




Burro/a: pessoas pouco dotadas de inteligência. Os piores são os que se acham donos da razão.

Formiga: a formiga é um animal bastante trabalhador e consegue carregar pesos várias vezes superiores ao seu. No entanto, na gíria, é utilizado para pessoas pequeninas ou insignificantes. “Já a formiga tem catarro, hein?”

Melga: ALERTA PESSOAS CHATAS. Aquelas que têm dúvidas infindáveis, que não te largam no FB, que não descolam. Vão sugando a paciência, pouco a pouco, até à exaustão. A luz, ou seja, os dividendos que podem surgir, são algo que as atrai. Espécie perigosa.

Moscas: neste caso, mortas. Gente sonsa, pãezinhos sem sal. Um par de estalos não arrebita aquilo. Atacam pela calada

Cobras: as venenosas. Destilam veneno e causam dano com facilidade. Intrigas e casos de faca e alguidar são com elas.

Macacos: de imitação. Gente sem espinha dorsal, que só sabe imitar os outros. Uma espécie de espelho do mundo animal. Influenciáveis.

Gatos: os pseudo-sexys desta vida: gajos com mais ferro que muita casa e gajas tão inchadas que podiam ser utilizadas como balão. Assanhados.

Cadela: a bubadeira ou, a desculpa para se ser um idota-atrasado-mental-de-primeira-que-acha-que-pode-dizer-tudo-o-que-lhe-vem-à-cabeça. Pode causar danos irreparáveis.




Estes são alguns exemplos de como popularmente foi atribuída uma nova definição aos animais, garantindo-lhes uma conotação algo duvidosa. Numa espécie de escape e tentativa de explicar os nossos laivos de irracionalidade e/ou algo que não é tão aceite pela sociedade. 




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